O diagnóstico de uma condição crônica como a deficiência auditiva em uma pessoa da nossa família é algo muito desafiador. Sentimentos como o medo, a revolta, a frustração e a tristeza acabam dando as caras. Quando se trata do próprio filho, por exemplo, a culpa também pode ser uma indesejada companheira.
Essas sensações, no entanto, são passageiras. Embora seja difícil enfrentar as dificuldades de reestruturar a rotina e rever as próprias expectativas, a mobilização da família é motivo para mais amor e união. Além disso, é possível rever conceitos e preconceitos ao encararmos o que a deficiência auditiva realmente significa.
Logicamente, nem todas as famílias reagem de maneira igual. Mas uma coisa é certar: dar suporte e carinho para que aquela pessoa consiga ter qualidade de vida mesmo com a sua condição é imprescindível.
Na publicação de hoje, vamos conversar mais sobre os desafios da descoberta da deficiência auditiva. Também abordaremos quais são as terapias e tratamentos que permitem ao paciente uma comunicação menos complexa e mais eficiente. Vamos lá?
Deficiência auditiva ou surdez?
Em tempos de discussões frequentes sobre acessibilidade e respeito às pessoas com deficiência, algumas nomenclaturas acabam causando confusão. Como definir a dificuldade em ouvir: deficiência auditiva ou surdez?
Na realidade, ambos os termos podem ser utilizados. Nenhum deles está mais correto ou errado. Contudo, do ponto de vista clínico, temos algumas definições de acordo com a profundidade da deficiência:
- Deficiente auditivo: é aquele que tem uma capacidade auditiva parcial, seja com ou sem o aparelho auditivo;
- Surdo: vem do termo em latim surdus, que significa “aquele que não ouve”. Designa a pessoa que não tem audição funcional. Porém, no contexto social, também pode ser aplicado ao membro da Comunidade Surda (que usa a Língua Brasileira de Sinais para se comunicar).
De qualquer maneira, a dificuldade de escutar é vista com muita curiosidade desde os tempos mais remotos da história. Especialistas e leigos procuram demonstrar que esse problema não é exatamente uma deficiência, mas sim uma diferença.
Tipos de deficiência auditiva
A deficiência auditiva ou surdez pode ser classificada em 3 grupos principais:
- Congênita: decorrente de algum trauma durante a gravidez ou então durante o parto. São exemplos a rubéola materna, a asfixia nos primeiros minutos de vida do bebê e os problemas de má formação na cabeça e pescoço;
- Hereditária: decorrente de um histórico familiar e genético de deficiência auditiva que passa de pais para filhos;
- Adquirida: decorrente de ferimentos no ouvido, exposição excessiva a ruídos altos, medicações que são tóxicas para os sistema auditivo ou doenças como a meningite bacteriana.
Como lidar com a deficiência auditiva
Dependendo do grau da deficiência auditiva e do momento em que essa condição começou é que teremos uma noção de como serão as consequências para a comunicação. Isso também é levado em conta para fazer um tratamento e/ou atendimento personalizado ao paciente.
Uma criança que nasceu surda, por exemplo, não terá condições de desenvolver a escrita e a fala como os demais, sendo necessária a alfabetização em LIBRAS. Já uma pessoa que adquiriu a deficiência no decorrer da vida terá mais facilidade em continuar se comunicando através da fala ou da escrita.
Todavia, em todos os casos é necessária a integração entre a família e os profissionais que atenderão o indivíduo. Para as crianças, é essencial a colaboração entre pais, professores e médicos. O trabalho do fonoaudiólogo, do otorrinolaringologista e do psicólogo são importantíssimos.
Sistema de Estimulação NeuroAuditiva
O Sistema de Estimulação NeuroAuditiva, também conhecido como terapia SENA, é um dos métodos de acompanhamento e estímulo ao deficiente auditivo. Independentemente da faixa etária e da profundidade do problema, é possível conquistar avanços significativos para a comunicação e o desenvolvimento cognitivo do paciente.
Não podemos desconsiderar a evolução integral da pessoa com deficiência auditiva. Ela precisa da interação social e de aprimoramento das suas capacidades. Somente assim conseguira driblar as possíveis desvantagens que sua condição lhe impõe.
Além disso, os aspectos emocionais também contam muito. Ter mais autoestima, autoconfiança e segurança nas próprias habilidades são consequências dessa terapia.
A terapia SENA atende ainda aos usuários de aparelhos auditivos ou implante coclear. A evolução e os resultados são rápidos, ainda que esse seja um conjunto de procedimentos não invasivos.
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