Diagnosticando a dislexia

by Maximus Centro Auditivo
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A dislexia é uma palavra que tem origem etimológica nos termos gregos dus (dificuldade) e lexis (palavra). O distúrbio está relacionado frequentemente ao insucesso escolar de inúmeras crianças. Por isso, quanto antes for diagnosticado, melhor.

Como bem sabemos, ler e escrever é uma das primeiras coisas que os estudantes aprendem na escola. Afinal de contas, esses são pré-requisitos básicos para que se alcancem aprendizagens posteriores, nas mais diversas áreas do conhecimento.

Contudo, a criança disléxica apresenta lacunas justamente na leitura e escrita. Com isso, acaba tendo maus resultados em praticamente todas as matérias do currículo escolar. Isso gera desinteresse e uma diminuição significativa na sua autoestima.

No entanto, embora seja uma doença sem cura definitiva, ela pode ser contornada. Existem terapias e tratamentos para a dislexia que contribuem muito para que a criança supere suas dificuldades da melhor maneira possível.

Continue conosco e conheça mais sobre o diagnóstico e tratamento do problema.

O que é dislexia?

De acordo com a definição apresentada pela IDA (International Dyslexia Association), a dislexia é um transtorno de aprendizagem que tem origem neurobiológica. Ela se caracteriza pelo bloqueio no reconhecimento preciso da decodificação das palavras.

Basicamente, a criança não consegue associar os símbolos gráficos (letras) aos seus respectivos fonemas (sons) com fluência. Por consequência, ela apresenta dificuldades na leitura e escrita, que repercutem no seu desempenho escolar como um todo.

Sinais de que um paciente é disléxico

Alguns sinais de que a criança tem dislexia se apresentam ainda na fase pré-escolar. Dentre eles, estão comportamentos dispersivos, atraso no desenvolvimento da fala, dificuldade para aprender músicas infantis e desinteresse por livros.

No entanto, é na idade escolar que o problema fica mais evidente. Alguns sinais são facilmente perceptíveis:

  • Dificuldade na aquisição da leitura e escrita de forma autônoma
  • Confusão diante de letras ou sílabas com sons semelhantes (por exemplo: s/z, f/v, g/j, m/n, ão/am, ao/au)
  • Confusão diante de letras com grafias semelhantes (por exemplo: b/d, d/p, d/q, b/q, u/n)
  • Pouca habilidade com rimas (sons semelhantes no fim das palavras) e aliterações (sons semelhantes no começo das palavras)
  • Falta de atenção, concentração e foco
  • Dificuldade em realizar cópias de textos, seja de livros ou da lousa/quadro-negro
  • Dificuldade nas atividades que exigem coordenação motora, seja fina ou ampla
  • Falta de organização, com muitos atrasos na entrega de tarefas escolares e perda de materiais e/ou pertences
  • Complexidade para identificar direções (esquerda e direita)
  • Dificuldade para lidar com dicionários, listas, sumários, mapas, entre outros
  • Vocabulário muito restrito e frases mal elaboradas

Como é feito o diagnóstico de dislexia

Um dos primeiros itens analisados para que seja realizado o diagnóstico da dislexia é o histórico familiar. Isso decorre da tendência genética que o paciente tem de desenvolver o problema por fatores hereditários.

Outro quesito importante diz respeito à idade. É somente em tornos dos 7 anos de idade, quando se inicia efetivamente a alfabetização, que a análise pode ser feita com precisão. O motivo é que até essa fase, os sinais podem estar relacionados com outros problemas como distúrbios cognitivos, hiperatividade e déficit de atenção.

Também é fundamental eliminar outras possibilidades. Dentre elas estão deficiências visuais ou auditivas, lesões cerebrais e até mesmo desordens afetivas.

Por essas razões, a avaliação e diagnóstico da dislexia devem ser realizados de forma multidisciplinar. É imprescindível contar com a opinião do fonoaudiólogo, do psicopedagogo e do psicólogo. A consulta ao neurologista, ao otorrinolaringologista e ao oftalmologista também faz-se necessária para que se descartem as chances de outras anomalias.

Tratamentos recomendados

Não há prescrição de medicamentos em casos de dislexia. Na realidade, o tratamento consiste em adaptações pedagógicas e no atendimento regular por especialistas. Os estímulos devem variar conforme o grau de dificuldade da criança.

Terapias multissensoriais como a SENA (Sistema de Estimulação NeuroAuditiva) são altamente recomendáveis. Desta maneira, o paciente consegue aprimorar a sua capacidade de compreensão da fala, além de otimizar a memória, a concentração e a aprendizagem.

O resultado da terapia SENA vem no curto prazo. Além da atenuação das dificuldades da criança, ela também adquire mais facilidade no aprendizado de línguas estrangerias, no desempenho de suas capacidades motoras e no desenvolvimento de habilidades musicais.

Se você tem interesse em saber mais sobre esse tratamento, não hesite em nos contatar. A equipe do Maximus Centro Auditivo está sempre pronta para lhe atender.

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