A inclusão social está ligada àqueles que não têm as mesmas oportunidades dentro da sociedade. Mas os excluídos socialmente são também os que não possuem condições financeiras dentro dos padrões impostos pela sociedade, além dos negros e os portadores de deficiências físicas, como cadeirantes, deficientes visuais, auditivos e mentais. Cada um com sua particularidade acaba tendo que lutar, ainda mais, para ter a sensação de pertencimento no mundo.
A inclusão social dos surdos, por exemplo, além das dificuldades rotineiras, envolve uma esfera importante da educação: a comunicação oral, que prejudica o aprendizado. As barreiras humanas e sociais restringem o exercício da cidadania plena e de uma vida digna e participativa. Esta realidade social demanda de esforços do poder público, das associações e da sociedade em geral, no sentido de promover melhoria de vida da coletividade de forma igualitária e democrática.
Sabemos que existem leis específicas para cada área, como as que tratam da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Porém, de nada adianta se na prática, as coisas não funcionam.
Nossa cultura tem uma experiência ainda pequena com relação à inclusão social e a caminhada é longa. É importante lembrar que as diferenças se fazem iguais quando fazemos parte de um grupo que nos aceita, com todos tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas oportunidades diante da vida. E todos merecem isso.
Dentro das escolas o trabalho que deveria ser de inclusão acaba desempenhando o papel inverso. Aceitar a matrícula de alunos surdos está longe de ser o necessário. Esses estudantes com necessidades especiais deveriam estar junto ao restante dos alunos, mas o que vemos é a criação de salas exclusivas para surdos, que são educados separados do restante.
No mercado de trabalho a inclusão é ainda mais complicada. São poucos os empresários que dão abertura para surdos em suas equipes. Cabe às empresas buscarem adaptações ao ambiente de trabalho para receber uma pessoa que possua qualquer tipo de deficiência.
Alguns pequenos ajustes precisam ser feitos na empresa, como a adaptação de alarmes, a melhoria das formas de comunicações sonoras, além do fomento ao conhecimento da língua de sinais entre alguns profissionais.